quarta-feira, abril 23, 2008

Feriadão sem descanso de novo...

Desde que me mudei pra BM, não consegui tirar um tempo pra poder ficar de pernas pro ar e ter o prazer de dizer que não tem nada pra fazer. Todos os finais de semana tem alguma coisa. Ou um trabalho da facul, ou matéria pro jornal, ou me debruçar em livros e apostilas pra poder fazer provas e mais provas.


Dessa vez não foi diferente. Graças à São Jorge, teve outro feriadão na semana dos cariocas e fluminenses e, consequentemente, na minha semana, só que eu não consegui descansar. Em compensação, to sabendo muita coisa a respeito de células-tronco embrionárias, adultas, totipotentes e o escambal. Maravilha!


Mudando de assunto (ninguém vai ler isso mesmo), estou pensando em ganhar mais qualidade de vida intelectual gastando as horas das minhas manhãs na biblioteca da facul. Sinto que to emburrecendo um pouco com esse excesso de internet que, na maioria das vezes, acaba me levando pro mesmo lugar.


terça-feira, abril 22, 2008

Internalo do sossego

Naquela noite de domingo a praça da cidade estava bastante movimentada. Crianças, jovens, adultos. Todos em um simples momento de descontração que, no entanto, parecia causar grande felicidade aos que estavam ali. Era possível encontrar grupos com diferentes interesses. Alguns jovens garotos brincando com ioiô; um grupo de meninas que, pela vestimenta, não estavam mais interessadas em brincar; pais e seus pequenos filhos. Era uma visão típicamente interiorana.
De repente, um senhor surge entre os bancos. Os cabelos já brancos e a pele enrugada condenavam a idade avançada . Seu andar não era de uma pessoa sóbria. Ele costurava a praça em cada passo que dava. Vinha calado.
Subtamente, o homem começou a esbravejar uma suposta valentia. Falava alto, encarando os transeuntes, como que se quisesse desafiá-los. Entre suas falas era possível perceber algum envolvimento com um ato ilegal. Talvez o uso de drogas. Talvez apenas o resultado de umas doses a mais.
A reação de algumas pessoas foi ignorar aquele velho. É provável que aquela cena seja comum entre os moradores. Entretanto, era possível, também, perceber o olhar diferente de outras pessoas. Era uma mistura de desconfiança e medo, o que acabou fazendo com que eles saíssem dali.
O velho homem andou em círculos, pronunciou algo não muito compreensível e foi embora, da mesma maneira que chegou. Naquele momento, a praça voltou a ser um lugar descontraído, mas, na memória das pessoas, o homem audacioso e desafiador vai estar sempre lá, para tirar o sossego delas.